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Esporte é um projeto de transformação

Pessoas fisicamente ativas e paratletas destacam a importância do esporte na vida social e para a saúde mental e física


Ariane Vilharva e Emelin Gabrielle



Grupo de atletas e paratletas no Parque Ayrton Senna /Foto: Ariane Vilharva


Não é segredo para ninguém que a prática de exercícios físicos traz uma série de benefícios para o organismo e transforma a vida de diversas pessoas. Essa prática tem servido como injeção de ânimo e coragem no desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança, na formação de novos vínculos de amizade, além da prevençãode doenças mentais como ansiedade e depressão, entre outros problemas ligados à saúde. O esporte está cada vez mais presente na vida de pessoas com diferentes tipos de vivência, desde os mais novos aos mais velhos, incluindo pessoas com comorbidades edeficiências.


Paratletismo


O atletismo paralímpico é um esporte praticado por atletas com deficiência física e intelectual. Em Campo Grande, por iniciativa da Fundação de Esportes (Funesp), professores aplicados às atividades paralímpicas reúnem atletas com algum tipo de deficiência com o objetivo de proporcionar a eles a inclusão no esporte.

Cada esporte possui regras indicando quais deficiências se enquadram para cada modalidade, sendo assim há um grau mínimo para que cada atleta pratique o esporte adequado para sua condição. No Parque Ayrton Senna são praticados atletismo de 300 a400 metros.



Dalton se posicionando para dar a largada/ Foto: Ariane Vilharva


Dalton Hian, um dos alunos paratletas do projeto “Movimenta Campo Grande”, pratica exercício físico há oito anos e mesmo com deficiência visual ele vem aprendendo a superar seus desafios com garra e coragem. “O esporte me ensina todos os dias a ter disciplina, respeito e dedicação, quando a gente faz com amor a gente supera tudo. O esporte foi uma fonte de transformação para mim”. Mesmo que seja praticado por hobby ou de maneira profissional, o esporte melhora a qualidade de vida de quem pratica. Além das atividades mais conhecidas como correr, nadar e malhar, há outras dezenas de modalidades individuais e coletivas que podem ser adaptadas e praticadas por pessoas cegas ou com perda parcial da visão. Dalton conta que o esporte ajuda em todas as áreas, e que estar ali diariamente com seus colegas vem transformando seu convívio social. A relação com os outros paratletas tem uma extrema importância, pois faz com que todos eles se sintam bem e acolhidos ao praticar suas modalidades. “É impossível sair do treino triste, estamos sempre procurando nos divertir enquanto treinamos”. No Parque Ayrton Senna, junto com paratletas também atuam pessoas sem nenhuma deficiência física ou intelectual. O Movimenta Campo Grande promove atividades por todos os parques da cidade visando a inclusão e a popularização das atividades físicas.

Foco e determinação


Foto: Emelin Gabrielle


Além da prática de esportes e exercícios físicos como hobby ou para manter uma rotina saudável, há aqueles que também sonham em viver do esporte. Ayrton, aos seus 25 anos é jogador amador de basquete e relata que a prática do esporte começou pela indicação de um professor na época em que estudava, por notar seu potencial de crescimento e posteriormente sua desenvoltura com a modalidade. Após seu bom desempenho ainda quando adolescente, Ayrton foi chamadopara jogar de forma amadora no time de basquete Sevilha Esporte Clube, de Campo Grande. “Meu maior sonho no esporte atualmente é me tornar um atleta profissional” relatou o jovem atleta.

Praticando há 15 anos e treinando todos os dias, os benefícios do basquete têm sido mentais e físicos, além do mais, para ele, é muito importante manter o corpo sempre ativo. O Basquete é um dos esportes mais populares do mundo, sendo assim um grande estimulador na concentração de serotonina e na corrente sanguínea, servindo como um antiestresse, melhorando o humor e o sono.


Mente sempre ativa


Jessica, professora do projeto Movimenta Campo Grande da Funesp, oferece aula de futevôlei no Parque Belmar Fidalgo para mulheres e crianças, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus alunos. A profissional destaca que o esporte praticado em área aberta tira toda a tensão que pode ocorrer em lugares fechados, como na academia, e que por estarem no parque, as pessoas se sentem mais seguras em praticar exercício físico. “O pessoal se sente mais acolhido do que fosse para uma aula de dança, onde todo mundo já sabe dançar e ela não, ela vai se sentir o patinho feio, e aqui tem essa diversidade, onde todo dia tem alguém chegando e aprendendo, tem pessoas de diversas idades e gêneros”.

Ela acredita que na prática de esporte ocorrem grandes transformações na vida de quem treina, como por exemplo poder servir de antidepressivo e ajudar a controlar as emoções e melhorar o convívio social na sociedade.

Aluna de Jessica no futevôlei, Isadora começou a praticar exercício físico há quatro meses, e desde então, já pode notar mudanças naturais em seu corpo, como o controle de suas emoções, regularização no uso de medicamentos e o nível de concentração e bem-estar. “Tenho depressão e TDAH e muito cansaço psicológico, e estar aqui me ajudou a liberar os pensamentos negativos e até mesmo a melhorara concentração no curso em que eu faço”

Estudos mostram que na prática de atividades físicas é liberada a endorfina, também conhecida como hormônio da alegria, que promove sensação de bem-estar. Essa substância melhora na qualidade do sono, disposição física e mental, melhoria e no sistema imunológico, ou seja, se movimentar é essencial para ter uma boa saúde.



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