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Mães em diferentes categorias

A disparidade entre o pré-natal do SUS e em Hospitais Privados


Giovanna Fernandes, Sanny Duarte e Rafaela Mendes


O sentimento de surpresa e insegurança vem com o primeiro exame e em um piscar de olhos, outros exames começam a virar rotina. Junto vem a ansiedade ao chegar ao consultório. Sentir aquele gel gelado na hora do ultrassom se torna insignificante ao ouvir o pequeno coração batendo rapidamente. A sensação de insegurança virou alegria, o anseio para vê-lo longe das telas do ultrassom começam a invadir o peito e quando menos se espera, o medo do parto se torna constante e rapidamente as dúvidas e inseguranças invadem novamente o coração.

Desde o descobrimento da gestação, os cuidados essenciais com a saúde da mãe e do bebê precisam ser seguidos corretamente. Logo após a confirmação dada pelo teste de gravidez, a gestante dá início às consultas de pré-natal e recebe as instruções fundamentais, se vinculando à maternidade em que ganhará o bebê.

Segundo o Ministério da Saúde, a rede pública deve disponibilizar um cuidado de qualidade ao bebê e à mãe durante o parto. A mulher deve ser direcionada à maternidade em que dará à luz pela Unidade Básica de Saúde (UBS), onde é feito o pré-natal. Essa ação é importante, pois, como a criança está sendo tratada no momento em que estiver nascendo, influencia no seu desenvolvimento.

De acordo com o Ministério da Saúde, devem ser realizadas no mínimo seis consultas durante o pré-natal. “Deve se dar por meio da incorporação de condutas acolhedoras, do desenvolvimento de ações educativas e preventivas, sem intervenções desnecessárias", segundo consta no artigo Assistência pré-natal no Brasil, de Elaine Viellas.

Entretanto, erros podem ser cometidos no decorrer dos exames: a insatisfação no atendimento ao chegar ao consultório e a diferença, muitas vezes explícita, ao pisar em solos privados ou públicos são notadas até mesmo quando uma nova vida está sendo desenvolvida. Diferenças essa em consultas, exames e atendimento na maioria das vezes é notável até mesmo na hora do parto, salas e agendamentos.


Fotos: Pixabay


Pré-natal realizado no Sistema Único de Saúde – SUS


Letícia Hipólito dos Reis, de 29 anos, realizou todas suas consultas e seus dois partos pelo SUS, realizando o total de seis atendimentos, cinco exames de ultrassom e quatro outros exames em cada gestação. Ela elogiou o sistema e o avaliou como bom, porém relatou que enfrentou alguns problemas relacionados aos funcionários do posto de saúde em que foi realizado seu pré-natal.

Em sua segunda gravidez ocorreu um erro, que acabou gerando um desentendimento na hora do parto, “Eles erraram as semanas, falaram que eu estava de 38 semanas quando na verdade eu estava de 40 semanas".

Durante sua gestação, sofreu com pressão alta e isso ocasionou a pré-eclâmpsia durante o parto mesmo realizando todos os exames do pré-natal. Esse termo se refere a um novo diagnóstico de hipertensão arterial ou da piora de hipertensão arterial preexistente, que é acompanhada de um excesso de proteína na urina e que surge após a 20ª semana de gravidez. Mas, os problemas não terminaram por aí. Letícia Hipólito comentou que após sentir contrações, se direcionou para a maternidade e o médico a mandou de volta para casa. “Fiquei três dias em casa sentindo dor e eles sempre me mandavam de volta falando que não estava na hora.”. Quando não aguentava mais de dor, ela decidiu ir em outra maternidade, sendo rapidamente encaminhada para um quarto e realizando a cesariana.

A sala na qual foi encaminhada após o parto possuía outras três mulheres, Letícia Hipólito não reclama do seu pós-parto e até mesmo elogiou já que em sua primeira gravidez teve que dividir o quarto com outras cinco mulheres e o tratamento que recebeu dos enfermeiros foi inferior ao tratamento que recebeu em sua segunda gravidez.


Pré-natal realizado pelo atendimento particular


Lídia Cabral, de 28 anos, recebeu atendimento durante o pré-natal em uma instituição particular, iniciou as consultas em sua primeira semana de gestação e seu acompanhamento médico foi feito por uma só obstetra do início ao fim de sua gravidez.

A mãe de primeira viagem comprou dois cursos relacionados a gravidez para se informar sobre quais exames faria durante a gestação, mesmo assim conversava sempre com sua médica sobre o assunto. O valor pago em cada consulta era de duzentos e cinquenta reais, a frequência em que eram feitos os ultrassons mudava de acordo com o tempo de gestação. Ela realizava um ultrassom por mês no início de sua gravidez. No segundo trimestre o número dobrou, logo no terceiro ela realizava uma por semana, mesmo não havendo necessidade, sempre recebendo um ótimo tratamento de sua médica durante a gestação.



A sua maior dificuldade foi o desconforto que sentia ao ter que sair do trabalho de turno integral, às vezes duas vezes por semana, para a realização das consultas. Lídia disse que não apresentou nenhuma doença durante a gestação que a fizesse ficar internada.

A realização do parto, foi feita por uma cesárea marcada para quando completou as 39 semanas. Ela ficou internada em seu apartamento até o momento da cirurgia, com data marcada. Lídia deu entrada na maternidade da Santa Casa às 9h e ganhou sua filha às 14h. Ela afirmou que não passou por nenhuma complicação. "Acho que foi por ter feito o pré-natal corretamente, uso de multivitamínicos e de outros suplementos que minha médica passou, meu acompanhamento com exames laboratoriais também eram toda semana. Ela pôde detectar falta de ferro, fiz reposição de vitamina D a gravidez inteira, por isso ocorreu tudo bem".







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