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Saúde e Lazer

Festival Mais Esporte oferece oficinas para a comunidade


Eliel Dias e Pedro Vieira


O Festival Mais Esportes é um evento oferecido pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), aberto a toda comunidade de Campo Grande. Ele nasceu com a proposta de promover prática esportiva e um estilo de vida mais saudável para todos, desde jovens, crianças e até idosos. Inserido no Programa Esporte Universitário (PEU), sua primeira edição ocorreu em 2018 na gestão anterior da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte (PROECE). Esse ano o Festival está em sua quinta edição, mas diferentemente dos outros anos, a Cidade Universitária não foi o único campus que recebeu o festival, mas sim na UFMS em todo o estado. O festival ocorre todo primeiro semestre do ano e segundo a atual responsável pela organização do evento, Edneia Gomes, também professora de Educação Física da UFMS, “este ano a programação está muito mais ampla, com muito mais atividades práticas presenciais, com oficinas, palestras e torneios."



Oficina de canoagem


A canoagem foi uma oficina ministrada por João Paulo Moraes, Alexia Murgi e Rafael Ferreira, um grupo que compartilha um amor em comum por esse esporte. Moraes se mostrou uma pessoa muito paciente e disposta a ensinar a todos, para ele é muito gratificante é incrível dar essa oficina na UFMS. “Agora, voltar com o esporte que eu pratico e ter essa possibilidade de usar a piscina também, é muito gratificante. Eu espero que nas próximas a gente consiga fazer um evento maior com mais pessoas”.


Muitos dos participantes nunca sequer haviam entrado em uma canoa, a possibilidade de poder praticar nas piscinas da UFMS aliviou esses medos. Ao ver a claridade da água e saber sua profundidade, ficaram mais confortáveis, “Tem gente que fica com receio de participar por medo e a piscina facilita um pouco”, disse Ferreira.



Kelly Almeida, 43 anos e estudante de Artes Visuais na UFSM, descobriu sobre a oficina através de Rafael Ferreira, um dos professores e seu amigo. Disse que foi uma ótima oportunidade de poder enfrentar seus medos já que não sabia nadar e a piscina é um lugar onde ela pode ver o fundo e não possui correnteza. A piscina olímpica da UFMS, tem 4,60 metros de profundidade na área mais funda. “Eu sempre tive vontade de fazer, eu tinha interesse e também não sei nadar, queria enfrentar meu medo”.


Oficina de Jiu-jitsu


A oficina foi ministrada pelo sensei Arnaldo da Cunha, 51 anos, também acadêmico de educação física e faixa roxa em jiu-jitsu. Durante suas demonstrações, trouxe ensinamentos que demonstram que esse esporte não é apenas mais uma forma de luta, mas sim um estilo de vida. “Aprender um novo esporte além de desafiar você intimamente, lhe proporciona a oportunidade de conhecer uma nova perspectiva. Não é porque seu adversário é maior e mais forte que você não possa derrotá-lo”. Foi possível identificar um padrão das pessoas que foram participar da oficina: são pessoas miúdas, mas que ganham um nível de confiança conforme vão aprendendo. “É uma oportunidade muito bacana de ajudar pessoas a conhecer um pouquinho mais do esporte através da oficina, porque faz com que elas tenham proximidade com ele e percam o estigma de ser violento e de ser um esporte que seleciona apenas os mais fortes”.


João Vinícius, também acadêmico de Educação Física e colega de sala de Arnaldo, descobriu sobre a oficina através do mesmo, e ao ser convidado não recusou uma oportunidade de aprender mais um esporte e as experiências que iria ganhar com isso além de o festival lhe proporcionar horas complementares e como projeto de extensão de seus cursos. Se mostrou muito surpreso com o que estava aprendendo e recebeu mais do que esperava, já que achou que ia apenas aprender algo técnico e depois seguiria com sua vida. “Esperava vir aqui aprender algumas coisas, mas além de ensinar os fundamentos, ele dá uma aula de vida. Então você não aprende só o esporte em si, aprende lições e valores que vai carregar junto com o ele”.


Oficina de Bocha




Bocha é uma modalidade de precisão, disputada em quadras lisas a partir de lançamentos de bolas maciças (bochas) em um alvo específico. A oficina faz parte de um projeto de extensão totalmente voltado a cidadãos idosos de Campo Grande chamado Vida Ativa Com Idosos. João Coelho, tem 17 anos, é acadêmico de Educação Física e membro do projeto de extensão. Foi sua primeira vez arbitrando bocha, inclusive aprendeu no dia da oficina as regras do jogo para poder arbitrá-la. “A expectativa é que os participantes percebam que isso não é apenas uma competição, mas sim uma maneira de se divertirem.”


Dona Doris Orlando tem 73 anos e se mostrou muito feliz em participar e mais ainda em poder encontrar os amigos, riram, torceram, ganharam e às vezes perderam, mas nunca perderam o sorriso em seus rostos ao mostrarem o quão felizes estavam por estarem juntos. “Muito bom, melhor do que ficar em casa lá sozinha, na solidão, então venho aqui, encontrar todo mundo está sendo muito bom”. Já o Seu Anselmo Tamanaha, tem 70 anos, descobriu sobre a oficina através de um grupo de conversa no whatsapp do pessoal da terceira idade. “É muito divertido. A gente tem o contato com a galera de mais idade, um pessoal mais maduro e trocamos muita experiência, vai tendo muito contato e ter informação assim dessas pessoas é muito gratificante”.


Aberto ao público que “descobriu” o evento


“É um projeto muito bom e que vale a pena as pessoas conhecerem. Mas eu acho que falta uma certa divulgação da própria UFMS”. Essa é a opinião de João Vinicius, 18 anos, estudante de Educação Física, participante e integrante da organização do Festival Mais Esporte. Segundo ele, os meios de divulgação utilizados pela UFMS — Instagram e YouTube — não são suficientes para atrair o público até o evento. “Eu acho que falta ir nas escolas, ir nas comunidades, nos projetos, que há por aí pra espalhar muito mais, porque é um projeto muito interessante de participar e que acontece todo ano”. Outra fala que destacou isso é a de João Paulo Moraes, um dos oficineiros de canoagem, “Eu espero que nas próximas a gente consiga fazer um evento maior com mais pessoas”.



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