Os caminhos que os novos agricultores traçam para fugir das cidades em direção ao campo
Texto e Fotos: Giovanna Fernandes e Lívia Medina
O caos desperta logo cedo, o estresse causado pelo trânsito já está no seu ápice, a multidão e o comércio agitado anunciam o começo de mais um dia na grande cidade. O barulho estridente de buzinas e vozes estressadas combina com o cheiro de fumaça de óleo diesel que se tornou tão comum para os moradores com o passar do tempo. Para uns, a bagunça da cidade é algo motivador, agitado e prazeroso, mas para outros, o barulho e a desordem são sufocantes, deixando-os desesperados por silêncio.
Era apenas oito e meia da manhã, o céu estava claro e com muitas nuvens, o sol mais forte fazia com que o calor estivesse mais intenso que em dias normais. Não havia nenhum tipo de sinalização que indicasse o caminho além de uma única estrada de terra vermelha, irregular e pedregosa. Os buracos grandes e fundos exigem cada vez mais paciência e atenção dos motoristas que lá trafegam.
Mais à frente, anunciando o início do assentamento Estrela e fazendo limite entre os municípios de Jaraguari e Campo Grande, o rio Ribeirão das Botas, assim como uma uma pequena pilha de lixo descartada de forma incorreta, compõem a paisagem que antes eram somente terra e árvores.
A estrada é calma, sem carros saindo e entrando. Apenas um veículo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) se diferenciava em meio a plantações, estufas, hortas e o gado que descansava próximo à cerca da estrada. Os moradores que andavam em meio a rua de terra, cumprimentavam os visitantes com um aceno de cabeça e um levantar de mãos, dando boas vindas de forma simpática e curiosa.
O assentamento Estrela, situado em Jaraguari, com distância de 44 quilômetros da capital Campo Grande foi criado em 2007, possui área de 2.009 hectares e expediu cerca de 19.926 documentos de titulação no estado desde 2019. Em 18 de outubro de 2023, 95 famílias comemoraram um ano desde que receberam oficialmente os títulos de domínio e tornaram-se proprietários de seus lotes, possibilitando que os assentados acessassem novas linhas de crédito para investir em infraestrutura ou atividades produtivas, além de garantir a sucessão do lote para filhos e netos.
De acordo com o Incra, o assentamento de reforma agrária (previsto na regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal) é um conjunto de unidades agrícolas instaladas em um imóvel rural. As parcelas de terrenos, conhecidos como lotes, são destinadas a famílias de agricultores ou trabalhadores rurais que não possuem condições financeiras para adquirir um terreno.
Os assentados possuem o dever de explorar os lotes e seus moradores o papel de residir no local a fim de desenvolver atividades produtivas rurais por meio de mão de obra familiar. Vale ressaltar que teoricamente, os assentados pagam pelos lotes que recebem do Incra e que sem os documentos de emissão do título de domínio, os beneficiários não possuem o direito de vender, doar, alugar, arrendar ou emprestar suas terras, embora seja perceptível muitas vendas e transações ilegais de terras ocupadas sem os processos e documentos necessários.
A quantidade e os tamanhos dos lotes disponibilizados, o número de famílias assentadas, a viabilidade econômica da exploração, são definidas a partir de um estudo de capacidade de geração de renda de imóvel, além é claro, de depender da geografia do local. O estudo realizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária também avalia as condições necessárias para moradia dos assentados, como por exemplo a disponibilidade de água e a capacidade produtiva do imóvel.
Ainda de acordo com o Incra, a instituição disponibiliza locais para uso comunitário e para construção de áreas coletivas, como por exemplo, construção de igrejas e centros comunitários. Ainda assim, os moradores dependem de benefícios dos seus respectivos governos (estadual e municipal) para terem acesso a direitos básicos, como escolas e centros de saúde.
A busca pelo silêncio
A paisagem era limpa, não se viam carros, prédios, comércios ou alguma movimentação além das árvores balançando ao ritmo do vento fraco que tentava aliviar o calor escaldante. Independentemente da direção, só o que se via era terra, o solo preparado para mais uma colheita, estufas e hortas carregadas de verduras prontas para serem consumidas e distribuídas. O verde e o vermelho predominam no ambiente, assim como a calmaria e o silêncio.
Não havia barulho semelhante ao que se ouve todos os dias na cidade, não há barulho de carros de um lado para o outro em avenidas ou ruas, buzinas carregadas de impaciência e atenção, circulação de pessoas ou anúncios de comércio, só havia o canto dos pássaros, o vento das árvores e o barulho da enxada de Humberto Simões Junior e seu ajudante temporário José Orlando Elias que preparavam a terra.
Berinjela, pimentão, pepino japonês e limão eram o que preenchia a maioria do terreno de Júnior, filho de Humberto Simões que se mudou para o assentamento hà 14 anos. Os cabelos grisalhos suados devido ao calor, as roupas desgastadas, sujas de terra que carregam na memória muito trabalho árduo, assim como sua face carrega o estresse da cidade da qual morava.
Uma pequena casa se encontra do lado esquerdo do terreno, pequena com uma pintura que foi desgastada com o tempo e marcas da terra vermelha que circundava todo o local. Não havia muito luxo. Do lado de fora, em uma pequena varanda de concreto, encontravam-se alguns objetos que poderiam ser reciclados e tornarem-se úteis em algum momento, como por exemplo as duas pilhas de pneus antigos.
Do lado direito, próximo ao local de cultivo, havia uma estrutura de estufa construída há aproximadamente dois anos por meio de um projeto, mas que sofreu consequências da frequente mudança climática do Estado. A tela que protegia a parte de cima da estrutura de metal era inexistente e algumas partes da lateral estavam com furos. Dentro, junto com duas fileiras de plantações, os traços de matos indesejados vão tomando espaço, crescendo cada vez mais.
Enquanto uma criança de aproximadamente três anos, com boné e blusa azul que cobria seus joelhos, observava com curiosidade, os dois homens pararam o seu serviço, e descansavam, apoiados no cabos de suas enxadas, desfrutando da sombra fajuta da pequena árvore próxima, tentando de alguma forma, se protegerem do sol forte.
Olhando para o ambiente que o rodeava, Humberto Júnior comenta sobre a sua vida na cidade e o principal motivo de ter se mudado para a casa do pai no assentamento Estrela. Embora tenha tido um trabalho de grande remuneração na empresa responsável pela comercialização de energia do Estado de Mato Grosso do Sul, Energisa, ele não se sentia confortável com a movimentação e o barulho constante da cidade grande. Vendo que não se adaptava à capital e que a vida que levava não estava lhe fazendo bem, Humberto não precisou pensar muito antes de tomar a decisão de se mudar para a cidade vizinha e morar com sua família no assentamento Estrela .“Eu trabalhava na Energisa, mas não aguentei o barulho da cidade. Aqui é bem mais calmo”.
Depois de alguns minutos quieto, José Elias, que trabalhava naquele dia como freelancer, concordou com seu parceiro. Acrescentou ainda que se mudou do interior do Paraná com sua esposa em busca de trabalho, melhores condições de vida e sossego.
Sucuri
Para os moradores da associação Sucuri da Agricultura Familiar De Mato Grosso do Sul, a situação não é muito diferente. O silêncio tornou-se algo difícil de ser encontrado na cidade grande, fazendo com que os moradores procurassem e encontrassem na associação um local calmo.
Segundo a Associação dos Agricultores, Processador de Alimentos, Artesãos da Feira da Agricultura Familiar na UFRRJ (AFAF), as associações de Agricultura Familiar são uma forma de organização dos produtores a fim de ajudar uns aos outros, seja tomando a frente em órgãos públicos ou privados quanto dialogar melhor com a prefeitura sobre as necessidades da agricultura na região.
A Sucuri foi criada no final de julho de 2007 por um conjunto de patrocinadores que compraram uma fazendo e, no final, dividiram o terreno igualmente em lotes. Eles podem vender a terra ou utilizar para meios próprios. A associação Sucuri é uma unidade privada que atua até hoje.
O local é composto por diversas árvores floríferas e frutíferas que acompanham todo o canteiro da estrada de terra lisa e sem buracos que possui capacidade para dois carros. Composta por um único caminho longo que parece não ter fim, a associação vai aparecendo aos poucos. Não havia ninguém na rua, além dos poucos carros que passavam por ali e o gado que observava o movimento através da cerca que o prende no terreno.
Logo nos primeiros lotes, Elenilson Didone de 45 anos, mora com sua esposa e seus filhos. Veio com o desejo de sair do caos de Campo Grande e ter um local onde seus filhos possam crescer e brincar de forma saudável, ao ar livre. “Não aguentamos ficar na cidade com todo aquele caos. Aqui é bem calmo”.
Enquanto falava, seu filho caçula brincava com qualquer coisa que encontrava pela frente, de um limão seco até um pedaço de sacola plástica que voava com o vento. Ele mantinha o sorriso no rosto quando se aventurava entre as árvores apontando para cada muda e dizendo do que se tratava.
Com quatro anos, cabelos loiros e enrolados, blusa maior que seu pequeno corpo manchada de terra vermelha, bermuda jeans e um chinelo nos pés que o incomodava, o menino corria de um lado para o outro, nunca se mantendo quieto. A cada objeto que observava era um motivo para criar uma nova brincadeira ou uma história. Um palito fincado em um limão marrom seco se tornava uma obra de arte que era apresentada a todos que estavam no local. O sorriso em seu rosto aumentava cada vez que sua nova criação era elogiada e incentivada pelos mais velhos. “Desde que mudamos para a associação, os meus filhos estão sempre brincando aqui fora, antes eles eram mais reservados”, comentou o pai ao olhar as brincadeiras do filho.
Diferentemente do que se via nos lotes do assentamento, o terreno de Elenilson não era composto por diversas plantações. O enorme pé de manga localizado no lado esquerdo do terreno produz uma grande sombra. Do lado direito, vários pés de bananas apresentam sinais de secura. O fundo é composto por diversas árvores de limão que não estão bem conservadas, uma recente plantação pequena de mandioca e um matagal que vai criando espaço. Devido à recente mudança, de aproximadamente um ano, Didone ainda não pretende cultivar algo tão cedo, embora esteja se organizando para planos futuros.
Logo mais adiante, no lote 17, mora o senhor Carlos Boschetti de 71 anos e sua esposa Javair Boschetti de 67 anos. Após se mudarem de Xaxim, em Santa Catarina, tentaram viver em Campo Grande com seus filhos por três anos, mas não conseguiram se adaptar.
Estavam sentados em uma cadeira de fio em sua varanda, era por volta das onze da manhã e o cheiro do almoço que estava sendo preparado no fogão de lenha feito pelo próprio Boschetti inundava todo o terreno, fazendo o estômago roncar. E com o cão preto de porte médio querendo atenção, eles contavam o quanto foi difícil morar na capital. “Nossos filhos ainda tentam convencer a gente a voltar [para a cidade], mas não queremos ir. Lá é muito agitado e não conseguimos nos adaptar”, comentou Carlos enquanto olhava para sua esposa que concordava.
O local em que moravam era composto por uma casa média com uma varanda grande. Várias plantas e uma horta eram perceptíveis assim que se adentrava ao terreno e um trator (da associação dos moradores) estava estacionado ao lado da casa. Se adentrasse ainda mais, era possível ver as galinhas andando assustadas com a movimentação de pessoas, o curral, acompanhado de um cheiro forte e a cisterna construída pelo próprio Boschetti, contendo alguns peixes de criação.
Em nenhum momento se ouvia um barulho alto ou incômodo, na realidade, mal se ouvia algo além das galinhas piando e do cachorro preto do casal pedindo atenção dos humanos que ali estavam. O som de calmaria era carregado de pássaros cantando e as árvores balançando, diferentemente do que encontrava na cidade em que moravam. Lá, era puro caos. Algo que não estavam procurando e que não queriam viver.
Embora tenham rotinas, costumes, naturalidades, idades e propósitos de vida diferentes, Carlos Boschett e sua esposa, Elenilson Didone, José Elias e Humberto Junior saíram da cidade em busca de um ambiente no qual a calma é o principal objetivo, mesmo sabendo que para atingi-lo, teriam que deixar alguns privilégios que a capital proporciona. Junto com a paz, vieram algumas dificuldades.
As dificuldades que vêm com o silêncio
A distância entre o assentamento e a escola mais próxima é de 10 quilômetros. Os estudantes aguardam ansiosamente a passagem do ônibus disponibilizado pela prefeitura de Jaraguari que passa às cinco da manhã pela rua de terra que circunda os lotes e os leva para uma instituição de ensino.
Quando se trata de saúde, o assunto é mais complexo. Embora Idalina Canedo de Freitas, que toma conta da sede do assentamento Estrela, tenha comentado que os moradores não podiam reclamar sobre os benefícios que recebem referentes a saúde, como por exemplo o atendimento efetuado a cada 15 dias na sede da associação, alguns moradores desmentem, revelando que essa não é a realidade em que vivem.
Enquanto Selesiana França da Silva fazia seus afazeres na casa de Idalina Freitas, organizando algumas coisas no curral e logo após carregando um recipiente de plástico, ela comenta que o benefício mencionado não era fornecido há anos. Nem mesmo uma assistente social fazia visitas aos moradores.
Humberto Júnior acrescenta que o hospital mais próximo ao qual os moradores podem recorrer é situado a muitos quilômetros de distância e se caso houver algum incidente, a única opção para aqueles que não possuem um meio de se locomover, é ligar para a emergência e esperar pacientemente. Com a mão na cintura, um semblante cansado e um suspiro, ele expõe que as coisas no assentamento não são tão fáceis. “Se alguém estiver muito grave de saúde, a pessoa morre aqui mesmo”
Já na associação, com o rosto marcado pelo tempo, Javair Boschetti de 67 anos caminha por sua casa a passos lentos, apoiando-se em qualquer objeto que lhe dê ajude a andar com menos dor. Após alguns minutos, com o cansaço estampado no rosto devido ao esforço, ela puxa a cadeira vermelha de plástico, se senta com dificuldade, e revela seu problema de coluna. “Faz pouco tempo que descobri meu problema de coluna e o médico optou por não me operar por conta da minha idade” .
Próximo à associação Sucuri existe um posto de saúde que os moradores chamam de Aguão, que disponibiliza consultas médicas e até encaminhamentos para exames ou consultas especializadas, que são realizadas em Campo Grande, assim como foi o caso de Boschetti.
Embora o posto seja próximo, faz dois anos que os moradores da associação não possuem um agente de saúde que visite os moradores e informe ao médico suas necessidades ou dificuldades. “Até tínhamos uma agente de saúde, só que ela não mora mais aqui. Faz meses que pegou um atestado de alguns dias e nunca mais apareceu. Apesar disso, ela ainda recebe como se estivesse trabalhando.” revelou Dona Javair.
A falta de um agente de saúde acaba dificultando a vida de alguns moradores, como o caso da vizinha de Javair, que possui uma saúde frágil e precisa que um carro da prefeitura a leve até a unidade mais próxima para a realização da hemodiálise. “Demorou para ela conseguir a ajuda da prefeitura. Não temos um agente que venha até nossa casa para informar ou nos ajudar com essas coisas”.
Produzir para sobreviver
Os terrenos da Associação Sucuri possuem em sua grande parte plantações de limão, banana e mandioca, esses são os pioneiros daquelas terras. Os moradores explicam pacientemente como funcionam as coisas na associação, são três hectares por proprietário e uma área coletiva na qual cada morador tem um hectare - onde há uma plantação de soja. Eles ainda não receberam nada do rendimento, pois o dinheiro coletado da plantação foi para pagar as placas solares que existem na área da associação. “Vamos começar a receber o dinheiro das plantações no próximo ano, o valor vai ser dividido entre os moradores”, explicou Elenilson.
Além do cultivo, alguns moradores desenvolvem outros meios de renda, como por exemplo o caso da Dona Javair que produz queijo e conserva de picles para vendê-los na vizinhança sob encomenda, pois o problema em sua coluna a impossibilita de fazer muito esforço. Por isso ela optou por vender apenas na comunidade Sucuri.
O financiamento para o plantio, foi o único auxílio que obtiveram, que foi disponibilizado para todos os moradores logo no início da associação. Dentro da comunidade Sucuri existe o Projeto da Prefeitura, em que os moradores vendem suas plantações e recebem seu pagamento direto em sua conta bancária, assim, eles não precisam ficar se deslocando até a cidade à procura de compradores, alguns moradores não têm condições de fazer esse deslocamento para a capital. “É bem melhor, e o dinheiro cai direto na conta bancária, facilita bastante já que não precisamos ficar indo até a cidade para vender”, comentou Carlos Boschetti.
A economia da Associação e de seus moradores é organizada de uma forma que facilite a permanência e a comodidade, entretanto esse cenário não é a realidade de todos aqueles que decidem sobreviver através de sua própria plantação, muitos não possuem assistência e precisam ir atrás de compradores, até mesmo vendem seus produtos em feiras, ato que é muito comum entre produtores de legumes e verduras.
O barulho da enxada em contato com a terra vermelha era um dos únicos sons que se ouvia grande extensão do terreno cheio de plantações, o verde se estendia por todos os cantos. Dois homens concentrados em seu trabalho, o suor já escorria por seus rostos em plena manhã. O boné era a única proteção contra o sol.
As plantações de berinjela, pimentão, pepino japonês e limão garantem o sustento da família de Humberto. Essa é a realidade da maioria dos moradores do assentamento Estrela. Diferentemente da associação Sucuri, eles não possuem apoio nas vendas, se tornam independentes tanto na produção quanto na venda.
O próprio produtor vai atrás de seus compradores, e alguns já são distribuidores para alguns mercados de Campo Grande. Porém, a falta de chuva e o calor escaldante dificultam a plantação, o que exige investimentos grandes em tecnologia de irrigação e a instalação de estufas, por exemplo.
Não são todos os assentados que possuem a mesma condição. Há alguns que estão nessa vida há mais de 10 anos e já conseguiram se estabilizar, porém, outros que chegaram há menos tempo, não possuem as mesmas oportunidades e condições. Vários deles realizam trabalhos domésticos ou em obras em Campo Grande. Outros, já aposentados, precisam trabalhar para complementar os rendimentos.
Dona Selesiana trabalha no assentamento fazendo algumas diárias durante o dia. Ela cuida da casa que fica em frente a sua, realiza a limpeza e cuida dos animais tanto na alimentação quanto do lugar onde vivem. Sua casa é simples e bem organizada, ela possui algumas galinhas e poucas plantações de cebolinha e outras verduras, para consumo próprio.
Trabalhar não só produzindo alimentos é a realidade de muitos moradores que necessitam de uma renda extra. Há muitos produtores que, assim como Selesiana, se mantêm procurando um segundo meio de sustento. A falta de um auxílio governamental dificulta ainda a estadia dos moradores, muitos não conseguem começar sua própria plantação. Por esse motivo, o tempo se torna escasso e suas terras empobrecidas. A necessidade de colocar comida na mesa se torna maior que a vontade de ter seu próprio plantio.
Fonte: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
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